Chamai-me Francisco
O filme “Chiamatemi Francesco”, considerado o primeiro sobre o papa Francisco, teve a antestreia no Vaticano, e os sete mil ingressos disponíveis foram «exclusivamente reservados» a pessoas sem recursos financeiros e a voluntários ao seu serviço de Roma e arredores.
«O Santo Padre quis convidar os pobres, os sem-teto, os refugiados, as pessoas mais carenciadas, juntamente com os seus voluntários, religiosos e leigos, que trabalham diariamente na caridade», anunciou a Esmolaria Apostólica em comunicado divulgado pela Rádio Vaticano.
“Chamai-me Francisco” conta a história de Jorge Bergoglio desde que decide abandonar os estudos em Química e a namorada para entrar na vida religiosa.
A narrativa acompanha o protagonista nos primeiros anos como jesuíta, durante o difícil período da ditadura na Argentina, que o filme mostra com realismo, e depois como responsável pela comunidade nacional da Companhia de Jesus, quando acabou por esconder seminaristas e jovens que fugiam à polícia política.
A missão como “padre de estrada”, já nos anos 90, o chamamento de S. João Paulo para se tornar bispo auxiliar de Buenos Aires e a atenção às periferias, na capital da Argentina, são algumas das etapas apresentadas no filme, que termina com imagens reais da Praça de S. Pedro, no Vaticano, quando Francisco saúda a multidão.
O realizador, citado pelo jornal “La Repubblica”, pretendeu evitar fazer de Bergoglio um «santinho», dando antecipadamente ao espectador a ideia de que iria ser o futuro bispo de Roma.
Texto com edição CDL: Rui Jorge Martins – Pastoral da Cultura
Vaidade e ganância no século XXI
O mito de Narciso é fundador da consciência ocidental de si. Ajudou-nos ao longo dos séculos a meditar sobre a vaidade, o isolamento do eu face aos outros e o amor-próprio. Em grande medida, esse é o tema de Simon Blackburn, que escreve aqui um livro encantador, reflectido e oportuno.
Blackburn sabe que tem de ampliar ainda mais o âmbito da sua reflexão abrangendo a auto-estima e o orgulho. E sobretudo ele conhece muito bem, por um lado, a persistência desta reflexão na civilização europeia, tanto no pensamento cristão como laico, e, por outro lado, a extraordinária complexidade que se distribui pelas diversas inter-relações de todos estes aspectos.
Basta dizer a título de exemplo que uma das grandes separações entre a "mundividência" pagã (grega e romana) e o cristianismo residia precisamente no lugar que o orgulho ocupava numa e noutra proposta de existência. A grandeza de alma nos gregos e nos romanos significa superioridade humana sem ambiguidades, que vinculava o reconhecimento alheio sem reservas. Era o pináculo da existência humana. A forma mais sublime e justificada de viver, antes de se introduzir a vida contemplativa.
Mas para o cristianismo, para os padres da Igreja, culminando em Agostinho de Hipona, o orgulho torna-se a raiz da nossa perdição e a fonte do pecado. A queda do Homem tivera nele a sua origem.
É impossível resumir a história fascinante da interpretação destas paixões. Blackburn aborda cirurgicamente alguns dos protagonistas dessa interpretação: Kant, Hume, Rousseau, Montaigne e outros grandes. E sem esquecer a necessária reflexão sobre o nosso modo de existência contemporâneo, sobre a cultura da vaidade dos nossos dias e do convite quotidiano ao isolamento egocêntrico.
Um pequeno livro sobre pequenas práticas de grande importância.
Autor: Simon Blackburn
Editor: Temas & Debates
Lançamento: Fevereiro 2015
Páginas: 244
Texto - Crítica de Miguel Morgado – revista Sábado
Coming out. E se o museu saísse à rua?
É uma exposição do Museu de Arte Antiga, que tem o intuito de trazer a arte para a rua e divulgar de forma acessível o património artístico português. São 31 obras, réplicas de alta qualidade em escala real que podemos encontrar nas paredes do Chiado, Príncipe Real e Bairro Alto, zonas antigas e icônicas da cidade de Lisboa. O retrato do Rei D. Sebastião (Cristovão Morais, 1571), Salomé com a cabeça de São João Baptista (Lucas Cranach, o Velho, 1510) e Virgem com o menino e entre os Santos e Anjos (Hans Holbein, 1519) são alguns dos quadros expostos até ao dia 16 de Janeiro.
CASA DA ALEGRIA
A alegria desta casa é um autêntico milagre - não fossem estas pessoas, os africanos pobres que o triste e opulento mundo ocidental viu sempre sorrir de forma surpreendente.
MUITO ENVOLVENTE E MARCANTE PARA MIM
Trabalhei como voluntária no Lar da Bafureira. O meu voluntariado baseava-se em realizar quinzenalmente, com um grupo restrito de idosos, sessões de desenvolvimento humano através das artes expressivas.
O SONHO DE UM TABLET
O pequeno Paulo Alexandre sonhava em ter um tablet para se entreter e cultivar enquanto faz tratamentos no IPO.
Acha que o sonho se tornou realidade?
CÁRITAS PORTUGUESA NO LÍBANO
No Líbano, a Cáritas Portuguesa vai apoiar sírios, iraquianos e libaneses, num total de 930 pessoas que estão no local há 4 anos. A intervenção terá a duração de seis meses (de Janeiro a Junho 2016), e um custo estimado de 100 mil euros.
BREVES DA DIOCESE
Um livro que torna vivas as recordações, uma loja cheia de sorrisos e uma mercearia que não desiste do dieito à alimentação.
UM FILME, UM LIVRO, UMA EXPOSIÇÃO
De toda a riqueza cultural de 2015, aqui ficam três propostas de grande relevo.
... E PAZ NA TERRA
Mesmo nos serviços em que sua continuidade se afigura ilusoriamente permanente, a realidade é descontínua, surpreendentemente outra. Esta é de facto a dinâmica de uma organização que manifesta na sua ação a força criadora do nome-pessoa da qual nasce: Jesus de Nazaré.
CÁRITAS VAI AO ENCONTRO
Sair, sair, sair, indo sempre ao encontro da vigararia, paróquia, Cáritas local, voluntário... da pessoa ou família mais vulnerável e necessitada.
Saiba mais.
ATRAVESSAR A PORTA SANTA
"Atravessar hoje a Porta Santa compromete-nos a adoptar a misericórdia do bom samaritano.”